quinta-feira, 16 de julho de 2009


" O professor Manjamanga tirou uma agenda do bolso interior esquerdo e abriu-a na última página. Havia duas colunas de nomes: a da esquerda tinha um nome a mais que a da direita.
- Veja - disse o professor.
- É a lista dos seus doentes? - disse Ângelo.
- É. Os da esquerda são os que ficaram curados e os da direira os que morreram. Enquanto a da esquerda for maior, vou andando...
- Vai andando, como?
- Quero eu dizer que ainda posso matar mais alguns, até ficarem em equilíbrio com o número de pessoas que eu curei.
- Matar, assim, sem mais nem menos?
- Evidentemente. (...)" pág.168
Boris Vian, O Outono em Pequim
Não se passa em Pequim e muito menos no Outono.